segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Fumar maconha aumenta risco de câncer de testículos

O consumo de maconha aumenta em 70% o risco de um agressivo tumor de testículos, diferente do seminoma, sobretudo em homens que fumam ou que fumaram essa erva de forma regular durante um longo período de tempo.

Assim afirmou hoje uma equipe de pesquisadores do Fred Hutchinson Cancer Research Center (EUA) na revista científica "Cancer".

Este tipo de câncer, que representa 40% dos casos de tumores de testículos, tem um rápido crescimento e afeta principalmente homens entre 20 e 30 anos.

Os pesquisadores chegaram a esta conclusão após estudar os casos de 369 doentes de câncer nos testículos entre 18 e 44 anos e interrogar sobre seus hábitos a 979 indivíduos sãos.

Desde os anos 1950, a incidência dos cânceres de testículos dos tipos seminoma e não seminoma aumentou de 3% a 6% na Europa, Canadá, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia.

No mesmo período, o consumo de maconha cresceu paralelamente nesses lugares.

PROFESSOR NOTA ZERO

Dos 214 mil professores que se submeteram à prova da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, 3.000 tiraram zero: não acertaram uma única sobre a matéria que dão ou deveriam dar em sala de aula. Apenas 111, o que é estatisticamente irrelevante, tiraram nota dez. Os números finais ainda não foram tabulados, mas recebo a informação que pelo menos metade dos professores ficaria abaixo de cinco. Essa prova tocou no coração do problema do ensino no Brasil, o resto é detalhe.

Como esperar que um aluno de um professor que tira nota ruim ou mediana possa ter bom desempenho? Impossível. Se fosse para levar a sério a educação, provas desse tipo deveriam ser periódicas em toda a rede (assim como os alunos também são submetidos a provas). Quem não passasse deveria ser afastado para receber um curso de capacitação para tentar se habilitar a voltar para a escola.

A obrigação do poder público é divulgar as listas com as notas para que os pais saibam na mão de quem estão seus filhos. Mas a culpa, vamos reconhecer, não é só do professor. O maior culpado é o poder público que oferece baixos salários e das universidades que não conseguem preparar os docentes. Para completar, os sindicatos preferem proteger a mediocridade e se recusam a apoiar medidas que valorizem o mérito.

O grande desafio brasileiro é atrair os talentos para as escolas públicas --sem isso, seremos sempre uma democracia capenga. Pelo número de professores reprovados na prova, vemos como essa meta está distante.