segunda-feira, 24 de agosto de 2009

PERGUNTAS FREQÜENTES

1. Existe transmissão sustentada do vírus da Influenza A (H1N1) no Brasil?
Desde 24 de abril, data do primeiro alerta dado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre o surgimento da nova doença, até o dia 15 de julho, o Ministério da Saúde só havia registrado casos no país de pessoas que tinham contraído a doença no exterior ou pego de quem esteve fora. No dia 16 de julho, o Ministério da Saúde recebeu a notificação do primeiro caso de transmissão da Influenza A (H1N1) no Brasil sem esse tipo de vínculo. Trata-se de paciente do Estado de São Paulo, que morreu no último dia 30 de junho. Esse caso nos dá a primeira evidência de que o novo vírus está em circulação em território nacional. Todas as estratégias que o MS deveria adotar numa situação como esta já foram tomadas há quase três semanas. O Brasil se antecipou. A atualização constante de nossas ações contra a nova gripe permitiu que, neste momento, toda a rede de saúde esteja integrada para manter e reforçar as medidas de atenção à população.

2. Qual a diferença entre a gripe comum e a Influenza A (H1N1)?
Elas são causadas por diferentes subtipos do vírus Influenza. Os sintomas são muito parecidos e se confundem: febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Por isso, não importa, neste momento, saber se o que se tem é gripe comum ou a nova gripe. A orientação é, ao ter alguns desses sintomas, procure seu médico ou vá a um posto de saúde. É importante frisar que, na gripe comum, a maioria dos casos apresenta quadro clínico leve e quase 100% evoluem para a cura. Isso também ocorre na nova gripe. Em ambos os casos, o total de pessoas que morrem após contraírem o vírus em todo o mundo é, em média, de 0,5%.

3. Quando eu devo procurar um médico?
Se você tiver sintomas como febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza, procure um médico ou um serviço de saúde, como já se faz com a gripe comum.

4. O que fazer em caso de surgimento de sintomas?
Qualquer pessoa que apresente sintomas de gripe deve procurar seu médico de confiança ou o serviço de saúde mais próximo, para receber o tratamento adequado. Nos casos de agravamento ou de pessoas que façam parte do grupo de risco, os pacientes serão encaminhados a um dos 68 hospitais de referência.

5. Por que o exame laboratorial parou de ser realizado em todos os casos suspeitos?
Essa mudança ocorreu porque um percentual significativo — mais de 70% — das amostras de casos suspeitos analisadas em laboratórios de referência, antes dessa mudança, não era da nova gripe, mas de outros vírus respiratórios. Com o aumento do número de casos no país, a prioridade do sistema público de saúde é detectar e tratar com a máxima agilidade os casos graves e evitar mortes.

6. Se o exame não é realizado em todas as pessoas, isso significa que o número de casos registrados será subnotificado?
É importante ficar claro que vários países estão adotando a mesma prática, por recomendação da Organização Mundial da Saúde. Vamos continuar a registrar o número de casos. Como já ocorre com surtos de gripe comum, vamos confirmar uma amostra de casos e todos os outros que tiverem os mesmos sintomas e no mesmo ambiente, seja em casa, na escola, no trabalho, na igreja ou no clube, serão confirmados por vínculo epidemiológico. Além disso, temos no Brasil 62 unidades de “Rede Sentinela” em todos os estados, com a função de monitorar a circulação do vírus influenza e ocorrência de surtos. Essa rede permite que as autoridades sanitárias monitorem a ocorrência de surtos devido ao vírus da gripe comum — e, agora, do novo vírus — por meio da coleta sistemática de amostras e envio aos laboratórios de referência. É importante ficar claro que, a partir de agora, o objetivo não é saber se todos os que têm gripe foram infectados por vírus da influenza sazonal ou pelo novo vírus. Com o aumento no número de casos, passamos agora a trabalhar com o diagnóstico coletivo, exceto para aqueles que podem desenvolver a forma grave da doença, seja gripe comum ou gripe A.

7. Quais os critérios de utilização para o Tamiflu?
Apenas os pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas, desde o início dos sintomas, e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave serão medicados com o Tamiflu. Os demais terão os sintomas tratados, de acordo com indicação médica. O objetivo é evitar o uso desnecessário e uma possível resistência ao medicamento, assim como já foi registrado no Reino Unido, Japão e Hong Kong. É importante lembrar, também, que todas as pessoas que compõem o grupo de risco para complicações de influenza requerem avaliação e monitoramento clínico constante de seu médico, para indicação ou não de tratamento com o Tamiflu. Esse grupo de risco é composto por: idosos acima de 60 anos, crianças menores de dois anos, gestantes, pessoas com diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, deficiência imunológica (como pacientes com câncer, em tratamento para AIDS), e também pessoas com doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como anemia falciforme.

8. O medicamento está em falta?
Não. O Ministério da Saúde possui estoque suficiente de medicamento para tratamento dos casos indicados. Além de comprimidos para uso imediato, temos matéria-prima para produzir mais nove milhões de tratamentos.

9. Os hospitais estão preparados para atender pacientes com a Influenza A (H1N1)?
Atualmente, o Brasil possui 68 hospitais de referência para tratamento de pacientes graves infectados pelo novo vírus. Nestas unidades, existem 900 leitos com isolamento adequado para atender aos casos que necessitem de internação. Todos os outros hospitais estão preparados para receber pacientes com sintomas leves de gripe.

10. Como eu posso me prevenir da doença?
Alguns cuidados básicos de higiene podem ser tomados, como: lavar bem as mãos frequentemente com água e sabão, evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies, não compartilhar objetos de uso pessoal e cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar.

11. Quanto tempo dura vivo o vírus suíno numa maçaneta ou superfície lisa?

Deve ser considerado as condições do ambiente com calor e luminosidade, em média de 2h, podendo durar até 10 horas

12. Quão útil é o álcool em gel para limpar as mãos?

O álcool gel a 70% é útil, mas não substitui a lavagem com água e sabão, pois essa remove as sujidades presentes.. É aceitável quando não se ha disponibilidade ou tempo para a lavagem freqüente com água e sabão.

13. Qual é a forma de contágio mais eficiente deste vírus?

Transmissão por contato próximo (menos de um metro) através da tosse ou do espirro. secreções em objetos também podem acontecer, embora a primeira seja a mais comum.

14. É fácil contagiar-se em aviões?

Somente são considerados contatos próximos aquele indivíduos da mesma fileira, duas anteriores e posteriores e as correspondentes da lateral. os aviões possuem sistema de filtros especiais.

15. Como posso evitar contágio?

Higienização das mãos freqüente e após tosse e espirro, evitar aglomerações, principalmente para pessoas com sintomas, uso de lençóis descartáveis para espirro, pessoas gripadas devem evitar contato próximo com outras e evitar sair de casa ambientes ventilados

16.- Qual é o período de incubação do vírus?

Média de 2 a 5 dias

17. Quando se deve começar a tomar o remédio?

O remédio (Tamiflu) só está indicado para casos com gravidade e na presença de fatores de risco quando prescrito pelo médico. Só tem eficácia se iniciado nas primeiras 48h de início dos sintomas

18. De que forma o vírus entra no corpo?

Pela boca, nariz ou olhos, presente nas gotículas e secreções de indivíduos gripados ao tossir ou espirrar.

19- O vírus é mortal?

Pode ser , principalmente, se a pessoa tiver algumas doença pré-existente, imunodepressão, idosos com mais de 60 anos, crianças de menos de 2 anos, obesos, gestantes.

20- Que riscos têm os familiares de pessoas que faleceram?

Se os familiares contraírem a doença e se apresentarem sinais de gravidade e/ou fatores de risco para complicações ou óbitos

21.- A água de tanques ou caixas de água transmite o vírus?

Pelo tempo que se considera para o consumo ser normalmente superior às dez horas de sobrevivência do vírus é menos provável.

22.- O que provoca a morte?

Pneumonia grave com insuficiência respiratória de falência de múltiplos órgãos.

23.- Quando se inicia o contágio, antes dos sintomas ou até que se apresentem?

A transmissibilidade se inicia até 1 dia antes dos sintomas iniciarem e estende-se até 7 dias após nos adultos e 14 dias se o gripado for menor de 12 anos.

24. Qual é a probabilidade de recair com a mesma doença?

Há um período considerável de proteção após evento prévio, mas que tende a cair com o tempo. Porém não protege contra os outros subtipos de vírus influenza ou outros vírus que também causam gripe.

PERGUNTAS FREQÜENTES

25.- Onde encontra-se o vírus no ambiente?

Qualquer superfície pode ser contaminada com o vírus

26.- É útil a máscara para cobrir a boca?

Somente faz sentido seu uso em ambientes hospitalares para pacientes com sintomas e familiares durante visitas na enfermaria, em acesso restrito

27.- Posso fazer exercício ao ar livre?

Sim, ambientes ventilados são os indicados para evitar a transmissão

28.- Serve para algo tomar Vitamina C?

Vitamina C é um re-equilibrante da defesa do organismo, porém isoladamente não protege contra a gripe e nem acelera a cura.

29.- Quem está á salvo desta doença ou quem é menos suscetível?

Todos estão suscetíveis a contrair esta infecção

30.- O vírus se move?

Ele é imóvel.

31.- Qual é o risco das mulheres grávidas com este vírus?

Gestantes faz parte do grupo de risco para complicações e morte

32.- O feto pode ter lesões se uma mulher grávida se contagia com este vírus?

Somente após o nascimento o recém-nascido passa a ser exposto ao vírus, mas ele pode vir a ser abortado ou nascer prematuro ou morto, se a paciente estiver em estado grave.

33.- Posso tomar acido acetilsalicílico (aspirina)?

Não deve, principalmente em menores de 18 anos. Risco de morte por hepatite grave e

34. Serve para algo tomar antivirais antes dos sintomas?

Ele não está indicado como alternativa para evitar os sintomas ou proteger contra a infecção

35. As pessoas com AIDS, diabetes, câncer, etc., podem ter maiores complicações que uma pessoa sadia se contagiam com o vírus?

Sim, maior risco de complicações e morte

36. Uma gripe convencional forte pode se converter em influenza?

Gripe pode ser ocasionada por vários tipos de vírus, dentre eles o influenza. O que pode acontecer é a pessoa complicar uma gripe com infecções por bactérias, como pneumonia.

37. O que mata o vírus?

Álcool, sabão e água, calor (70ºC)

38. O que fazem nos hospitais para evitar contágios a outros doentes que não têm o vírus?

Medida de isolamento dos demais pacientes e medidas de uso de equipamento de proteção individual para proteção dos profissionais de saúde e visitantes

38. O álcool em gel é efetivo?

Sim. Já respondida acima com suas limitações

39. Se estou vacinado contra a influenza estacional sou inócuo a este vírus?

A vacina da influenza sazonal não tem eficácia sobre este novo subtipo do influenza

40. Este vírus está sob controle?

Ele ainda tem risco de progressão e já é uma pandemia. Estima-se que aumento e bastante os casos até o próximo ano

41. O que significa passar de alerta 4 a alerta 5?

Alerta atual é o 6. Isso decorre de mais países já terem transmissão intercomunitária sustentada, ou seja transmissão dentro da própria localidade. Com a progressão para outros continentes também se contribui para aumentar estes níveis. O 6 já indica que temos a pandemia instalada.

42. As crianças com tosse e gripe têm influenza?

Outros vírus podem estar implicados nesses casos de gripe, não só o influenza.

43. Medidas que as pessoas que trabalham devam tomar?

Já citadas acima nas medidas preventivas

44. Posso me contagiar ao ar livre?

Ambientes ventilados oferecem menos riscos, porém evitar contato próximo com pessoas gripadas e aglomerações

45. Pode-se comer carne de porco?

Sim, desde que preparada adequadamente e bem cozida ou assada. Comprar somente de procedência que tenha o aval dos órgãos de inspeção sanitária

46. Qual é o fator determinante para saber que o vírus já está controlado?

Ele não está controlado. Somente teremos isso quando houver redução no número de casos e o padrão de mortalidade não progredir

47. Qual diferença da gripe comum e a gripe suína?

Os sintomas são semelhantes com febre alta, tosse, dor de garganta, mal estar geral, fraqueza, dor no corpo.

48. O Tamiflu, o medicamento usado no tratamento, pode ser comprado nas farmácias? Ele causa reações? O uso indiscriminado pode diminuir a efetividade do remédio, quando necessário, de fato?

Não somente liberado pelo Natan Portela, quando prescrito por médico. Causa reações em algumas pessoas como dor abdominal, vômitos, alterações comportamentais. O risco do uso indiscriminado pode ocasionar a seleção de vírus resistente ao único medicamento disponível no Brasil para esta finalidade

49. As mãos devem ser lavadas como?

Com água e sabão, contemplando todas as partes, detalhadamente. a retirada deve ser feita com a água no sentido da ponta dos dedos para os cotovelos, sem tocar na pia. Enxugar com papel toalha ao final.

50. Existe prevenção em termos de remédio ou alimentação?

Boa alimentação e somente usar remédios sob prescrição médica

Cientistas identificam proteína que detecta e combate vírus da gripe

Camundongos sem ‘sensor’ sobrevivem 10 dias após infecção respiratória. Com receptor Nod2 ativo, resistência é de 8 semanas.

Pesquisadores da Universidade do Texas descobriram que uma proteína, a Nod2, detecta a presença da família de vírus influenza A, causadores dos vários tipos de gripe (incluindo o H1N1, da nova gripe), e coordena as defesas contra o invasor.

A Nod2 também funciona como sentinela contra outro vírus comum, o sincicial respiratório (VSR). Especialistas em microbiologia do Centro de Ciência da Saúde da instituição em San Antonio detalharam em artigo publicado neste domingo (23) os mecanismos pelos quais a Nod2 direciona células para que armem as defesas contra o influenza e o VSR. Em testes de laboratório com camundongos, os animais sem a Nod2 sobreviveram apenas 10 dias após a infecção respiratória, na comparação com animais com a Nod2 ativa, que apresentaram uma resistência de 8 semanas. O trabalho saiu na “Nature Immunology”.

A descoberta serve como guia para novos estudos que melhorem os tratamentos contra as duas doenças infecciosas, que atingem ano após ano com maior gravidade pessoas com sistema imunológico mais vulnerável, particularmente crianças com menos de 1 ano de idade e idosos com mais de 65.

“Essa molécula poderia ser usada para estimular as defesas imunológicas e a eficácia de vacinas contra o VSR e o influenza A, especialmente entre indivíduos (de grupos) de alto risco”, afirmou o principal autor do trabalho, Santanu Bose, professor-assistente de microbiologia e imunologia. O desafio é ativar o gene Nod2 durante a infecção, ou mesmo antes, para aprimorar a imunidade. O “vigia molecular” também tem o potencial para reconhecer outros vírus, como o da febre amarela, o da febre do Oeste do Nilo e do ebola.

Quando a pesquisa entrar na fase clínica, o objetivo será testar sangue de pessoas não infectadas e de pacientes infectados gravemente e moderadamente, em busca dos respectivos níveis do sensor Nod2. Isso poderia viabilizar prognósticos sobre de que forma indivíduos vão reagir a infecções por vírus respiratórios

Fonte: G1

Gripe Suína - Sintomas, Contágio, Prevenção no Brasil

A Gripe Suina é uma doença que tem como conseqüência uma variante do vírus H1N1, a transmissão e a apresentação dos sintomas da gripe suina pode ocorrer através do contato com o animal e objetos contaminados. Sendo que surgiu uma nova variante, que pode ser disseminada entre humanos e esta causando uma epidemia no México. Desde o seu surgimento, a gripe já fez até agora 149 vítimas, e sob suspeita da doença o número é de 1600 pessoas, a organização de saúde Mundial, declarou que a doença já esta sendo uma emergência na saúde pública internacional.

A gripe suina tem seu contágio através das vias aéreas, como a gripe comum, com contato diretamente ou indiretamente, por meio das mãos com objetos contaminados, o vírus também se espalha, inclusive pelo próprio ar ambiente. A contaminação pela carne suína, esta descartada, desde que se cozinha a mesma à 71 graus Celsius, eles afirmam que o vírus não sobrevive.

Sintomas da Gripe Suína

Os sintomas são muito parecidos com a gripe comum, estão incluídos: febre alta, cansaço, dores musculares, tosse, fadiga, surgiram pessoas com vômitos e diarréias. Para os porcos já existem vacinas, mas para os seres humanos ainda não temos nada, e pode levar uns 6 meses para que isso ocorra.

O medicamento oseltamivir segundo a OMS, mostrou eficiência nos primeiros testes contra o vírus H1N1, mas não se pode afirmar totalmente ainda tal efeito. O que podemos fazer é sempre estar lavando as mãos, mesmo porque temos que evitar as gripes comuns, que também pode trazer consequências.

O governo deve ser rigoroso nos vôos vindo do exterior, certificando que nenhum passageiro, esteja contaminado, pois mesmo que os sintomas da gripe, não esteja aparente, temos que estar alerta por um período, pois algumas delas vieram de paises que já estão contaminados. Ter a lista de passageiros desse período, e verificar se após alguns dias no nosso país, nenhum deles esteja apresentando algum sintoma, é sempre bom estar em alerta e conscientizar a todos.

O que é a doença Gripe A?

Chamada popularmente de gripe suína, trata-se de uma doença respiratória que surgiu entre os porcos, provocada por um vírus influenza do tipo A, que ataca aves, suínos e humanos. Esses vírus têm alto poder de mutação e contaminação. Por isso, é mais letal que o da gripe comum

Contágio da Gripe Suina

Esse vírus pode passar, por proximidade, dos porcos para os seres humanos. Pela tosse ou pelo espirro de pacientes infectados, a gripe pode ser transmitida entre as pessoas. Não há contaminação ao comer a carne de porco cozida (a 70°) porque os vírus da gripe suína são destruídos a essa temperatura.

OBS: Ao facilitar a transmissão do vírus da Gripe Suína, indivíduos podem favorecer que ele se torne mais agressivo, expondo toda a população a uma forma mais grave da doença” diz o infectologista Artur Timerman.

Sendo assim ,previna-se lavando as mãos pelo menos 10 vezes por dia, principalmente quando sair, ou tiver contato com pessoas que sairam, essas também tem que lavar suas mãos.

Sintomas complemento da gripe

Os sinais são semelhantes aos da gripe comum, porém, mais agudos e incluem febre acima de 38°, moleza, falta de apetite e tosse. Coriza clara, garganta seca, náusea, vômito e diarréia também podem acontecer; assim como, dores de cabeça, irritação nos olhos e dor muscular e articular.

Fazer o diagnóstico

Só se consegue a certeza isolando-se o vírus influenza tipo A, analisando amostras respiratórias dos pacientes, nos primeiros 4 a 5 dias ou até 10 dias em crianças.

CSL começa produção de vacina contra vírus H1N1 nos EUA

O laboratório CSL começou a testar sua vacina contra a gripe H1N1, conhecida como gripe suína, em crianças e adultos nos Estados Unidos nesta segunda-feira, se unindo a outras empresas que estão testando a vacina H1N1 enquanto também aumentam a produção.

A empresa com base na Austrália disse que poderia fazer testes em 1.300 adultos e 450 crianças com diferentes doses de sua vacina para ajudar a determinar qual será a melhor dose.

"As crianças estão normalmente no maior risco de infecção de influenza e complicações do que os adultos, então é extremamente importante entender a eficácia de uma vacina H1N1 em sua população bastante vulnerável", disse o médico Pedro Piedra, do Baylor College de Medicina no Texas, que irá ajudar a conduzir o processo, em um comunicado.

"Os processos clínicos da vacina candidata da CSL serão os primeiros a usar uma fórmula do antígeno da imunização H1N1 livre de timerosal."

Algumas pessoas contestam o uso de timerosal, que é um conservante baseado em mercúrio. Autoridades da saúde dos Estados Unidos dizem que não há evidência para apoiar persistentes crenças de que o timerosal causa autismo, mas de qualquer forma as empresas já retiraram o composto de muitas vacinas.

Na semana passada, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos informou que apenas 45 milhões de doses da nova vacina H1N1 poderiam estar à disposição da população em meados de outubro, em vez dos 120 milhões anteriormente previstos, com 20 milhões por semana prontos após este período.

O departamento pretende vacinar ao menos 160 milhões de pessoas até dezembro, com preferência para mulheres grávidas, funcionários da saúde, crianças e jovens adultos.

Cinco empresas estão fazendo a vacina H1N1 nos Estados Unidos - MedImmune unidade da AstraZeneca, CSL, GlaxoSmithKline Plc, Novartis AG e Sanofi-Aventis SA. A Sanofi também começou os processos nos Estados Unidos e outras empresas, incluindo a Glaxo, fazem testes na Europa.

Reuters

Médica: é difícil prever complicações de gripe suína

A infectologista e pesquisadora de vírus respiratórios da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Nancy Bellei afirmou nesta segunda-feira que a maior dificuldade dos profissionais de saúde no Brasil é definir quais pacientes poderão apresentar um agravamento do quadro de gripe suína।

"Não temos como saber quem são os 10% que vão ter complicações e os 90% que não vão", disse. Segundo ela, o problema da incerteza dos médicos está diretamente relacionado à administração do medicamento Tamiflu, já que a orientação do Ministério da Saúde é que o remédio seja prescrito somente para pacientes que fazem parte dos grupos de risco ou que estão em estado grave.

A médica lembrou que, apesar haver casos em que o remédio é usado após o agravamento do estado de saúde, a maior eficácia do medicamento se verifica mesmo no período de 48 horas após o início dos sintomas.

Para Nancy, o sentimento é de "angústia" para os profissionais de saúde responsáveis por diagnosticar os casos e definir quem deve tomar o remédio. A saída, segundo ela, é usar o bom-senso: pacientes com muitos sintomas, ainda que fora dos grupos de risco, geralmente apresentam uma carga viral mais elevada e, por isso, devem ser atendidos com cautela.

Sobre a promessa da vacina no Brasil prevista pelo governo para o início de 2010, a infectologista destacou que ainda não há definição de quem vai receber as doses prioritariamente.

"Vamos precisar do antiviral porque não vamos vacinar toda a população e vamos ter casos mais graves. A política de distribuição do Tamiflu terá que ser feita antes da segunda onda da doença (prevista para o inverno de 2010)", afirmou.

Agência Brasil

Bactéria intestinal comum pode provocar câncer de cólon

ma equipe de pesquisadores americanos descobriu o mecanismo pelo qual uma bactéria que se acha comumente na flora intestinal é capaz de provocar o câncer de cólon.

Em artigo publicado na revista britânica "Nature" no domingo (23), os especialistas da Universidade Johns Hopkins de Baltimore (EUA) sustentam que as bactérias ETBF (bactérias enterotoxigênicas fragilis) são capazes de colonizar o intestino nos ratos e provocam a inflamação do cólon e o desenvolvimento de tumores.

Para consegui-lo, as ETBF utilizam a citocina interleucina 17 (IL-17) ou a IL-23, que amplifica as respostas da primeira, prossegue a equipe de especialistas dirigida por Cynthia Sears.

A IL-17 é um tipo de citocina proinflamatória segregada por vários subtipos de células T ativadas e que influi, além de no câncer, no desenvolvimento de doenças autoimunes.

Descoberta esta associação, os pesquisadores asseguram que bastaria bloquear essa ligação para evitar a formação do câncer, o que abre a porta para a pesquisa de novos tratamentos para combater a doença.

Truque inusitado faz sapo resistir à secura do sertão

O sertanejo é antes de tudo um forte. Principalmente se ele for um anfíbio tentando sobreviver na caatinga, como mostra o trabalho de um pesquisador da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). As pesquisas com um sapo e uma perereca habituados à secura do sertão estão revelando truques fisiológicos e comportamentais inusitados, que permitem aos bichos aguentar a falta d'água.

José Eduardo de Carvalho, da Unifesp de Diadema (Grande São Paulo), apresentou resultados recentes de seus estudos sobre o tema na reunião anual da Fesbe (Federação de Sociedades de Biologia Experimental), que terminou sábado em Águas de Lindoia (SP)।

Não é preciso quebrar muito a cabeça para entender por que a caatinga exige um esforço de sobrevivência extra dos anfíbios. A maior parte desses bichos depende da disponibilidade de água para se reproduzir, já que suas larvas, os girinos, só sobrevivem no líquido. Além disso, a pele desses vertebrados tende a permitir a troca direta de substâncias com o ar.

Nó na lógica

Contudo, as observações de Carvalho com o sapo sertanejo Rhinella granulosa subvertem essa lógica. "Os juvenis da espécie, depois de concluírem a metamorfose [de girino para sapo], passam toda a estação seca ativos. São sapos pequenininhos pulando num solo com 50ºC de temperatura", contou o pesquisador à Folha.

O que acontece, ao que tudo indica, é que as enzimas (proteínas aceleradoras de reações químicas) que regem o ciclo respiratório dos sapinhos são capazes de resistir intactas a essas temperaturas, que derrotariam qualquer ser humano।

"A gente ainda não sabe como ele consegue isso", afirma Carvalho. A hipótese do pesquisador é que outras substâncias, as chamadas chaperonas, formam um invólucro que impede as enzimas de simplesmente derreter. O interessante é que o sapo adulto, de porte mais avantajado, perde o gosto pela vida no limite e adota hábitos noturnos.

A situação da perereca Pleurodema diplolistris é ainda mais inusitada. Em ambientes secos, muitos animais adotam a chamada estivação, que pode ser considerada a "irmã gêmea" da hibernação em ambientes onde o calor intenso, e não o frio, é o inimigo. Animais que estivam também podem ficar numa espécie de animação suspensa até o calor amainar.

Mas não a P. diplolistris. "Considera-se que o bicho estiva, mas na verdade nós vimos que ele, ao se enterrar, fica se movendo o tempo todo, buscando as áreas do solo arenoso onde há mais umidade", diz Carvalho. Seria um tipo de estivação com "insônia".

Carvalho faz parte do recém-criado Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Fisiologia Comparada, iniciativa que reúne diferentes centros do Brasil. As pesquisas que o grupo conduz vai muito além da curiosidade pelo inusitado.

"Os animais que estudamos podem ser modelos interessantes de diversas situações fisiológicas", diz outro membro do instituto, Luciano Rivaroli, da Universidade Federal de São João del Rey (MG).