sábado, 21 de janeiro de 2012

Grã-Bretanha debate fertilização envolvendo DNA de três pessoas


O governo britânico decidiu promover uma consulta pública a respeito de uma polêmica técnica de fertilização, que envolve material genético de três pessoas e cujo objetivo é prevenir que doenças sejam transmitidas de mãe para filho.
A técnica substitui material genético defeituoso no óvulo para eliminar doenças raras presentes na mitocôndria (componente celular que tem a presença de material genético), como síndromes que podem causar a morte prematura de crianças.
Só depois da consulta pública sobre a "fertilização in vitro de três pessoas" - com o material de fertilização de duas mulheres e um homem -, o governo da Grã-Bretanha decidirá se o método, atualmente usado apenas em pesquisas, poderá sr aplicado em pacientes.
Um centro de pesquisa da Universidade Newcastle também investigará se a técnica é segura.
Defeitos hereditários
A mitocôndria pode ser encontrada em quase todas as células humanas, provendo a energia que essas células precisam para funcionar.
Como os núcleos da célula, a mitocôndria contém DNA, ainda que em pequenas quantidades.
Em média, um em cada 5 mil bebês nasce com problemas hereditários em seu DNA mitocondrial, cujos efeitos podem ser graves ou até mesmo fatais, dependendo de quais células são afetadas por eles.
Cientistas acreditam ter encontrado uma forma de substituir a mitocôndria defeituosa e, assim, eventualmente prevenir o feto de desenvolver uma doença.
A técnica consiste no uso de dois óvulos - um da mãe do feto, e outro de uma doadora. O núcleo do óvulo doado é então removido e substituído pelo núcleo do óvulo da mãe.
O embrião resultante tem, dessa forma, uma mitocôndria em tese saudável e ativa vinda da doadora.
O procedimento pode ser comparado a uma troca de bateria. Não tem, portanto, impacto no DNA do feto nem na determinação de fatores como a aparência da criança.
'Manipulação genética'
No entanto, ainda que o procedimento conte apenas com uma limitada contribuição genética da terceira pessoa - a doadora -, a técnica é criticada por alguns grupos, que defendem que tais manipulações genéticas trazem riscos.
Atualmente, seria necessária uma mudança legal na Grã-Bretanha para que o procedimento possa ser oferecido a pacientes.
Ao anunciar a consulta pública, o ministro britânico para Universidades e Ciência, David Willetts, disse que "cientistas fizeram uma descoberta importante e potencialmente salvadora de vidas ao conseguir prevenir doenças mitocondriais". Mas ele faz a ressalva de que, "com todos os avanços da ciência moderna, é vital que escutemos a opinião do público antes de considerar qualquer mudança".
A consulta deve durar até o final deste ano.
A ONG Wellcome Trust, que vai financiar as pesquisas da Universidade Newcastle, defende que a técnica em discussão pode ser útil na prevenção de doenças incuráveis.
"Saudamos a oportunidade de discutir com o público o porquê de acharmos que esse procedimento é essencial para darmos às famílias afetadas (por doenças mitocondriais) a chance de ter filhos saudáveis", afirmou.
Segundo Douf Turnbull, professor da Newcastle, a universidade recebe anualmente "centenas de pacientes cujas vidas são seriamente afetadas" por essas doenças.

Praticar sexo é seguro para maioria dos pacientes cardíacos, assegura estudo


A prática sexual é segura para a maioria dos pacientes do coração que tiverem passado por um ataque cardíaco ou uma cirurgia, garante um estudo de especialistas americanos divulgado na última quinta-feira (19).
A pesquisa ressalta ainda que menos de 1% dos ataques são provocados pela atividade sexual.
Se o paciente conseguir caminhar sem problemas e subir dois lances de escadas sem ter dor no peito, fraqueza ou um ritmo cardíaco anormal, isto significa que está pronto para voltar a ter relações sexuais, segundo as novas diretrizes contidas no estudo da American Heart Association (AHA).
No entanto, os autores do estudo fazem a ressalva que todos os pacientes devem consultar seus médicos antes de retomarem suas vidas sexuais.
Menos de 1% de todos os ataques cardíacos são provocados pela atividade sexual, e a probabilidade cai ainda mais em pessoas que fazem exercícios com regularidade, de acordo com a AHA.
As chances de um sobrevivente de ataque cardíaco ter outro e morrer durante o ato sexual são de um entre 33 mil.
Os especialistas da AHA aconselham, no entanto, que os sobreviventes de um ataque cardíaco esperem pelo menos uma semana antes de retomarem a atividade sexual e que aqueles que passaram por uma cirurgia aguardem entre seis e oito semanas.

Museu londrino expõe tecidos dourados feitos com teia de aranha

As maiores peças de roupa já tecidas com seda de aranha vão ser expostas no Museu Victoria and Albert, em Londres, a partir da semana que vem (25 de janeiro a 5 de junho). 
O tom dourado e o brilho dos tecidos são naturais da seda da aranha de Madagascar. "Isso é fantasia, é magia. Atrai e encanta", diz Nicholas Godley. "É um pouco de poesia, na verdade."  
A seda é produzida pelas fêmeas. Uma equipe de 80 homens e mulheres capturou aranhas, coletou as teias e as devolveu à natureza, todos os dias por sete anos para conseguir produzir uma quantidade suficiente de seda dourada 







Ateus são vistos como menos confiáveis

As pessoas tendem a achar que quem é religioso se comporta melhor, por acreditar que está sendo observado por Deus.


http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/ateus_sao_vistos_como_menos_confiaveis.html

Implante de retina aprovado para uso na Europa

Após décadas de desenvolvimento e anos de testes clínicos, uma prótese óptica capaz de restaurar ao menos parcialmente a visão de quem sofre de doenças que prejudicam a retina chegará ao mercado.


http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/implante_de_retina_aprovado_para_uso_na_europa.html

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Origem das raças


As mutações, as recombinações gênicas, a seleção natural, as diferenças de ambiente, os movimentos migratórios e o isolamento, tanto geográfico como reprodutivo, concorrem para alterar a freqüência dos genes nas populações de animais e são, assim, os principais fatores da evolução.
Duas raças geograficamente isoladas evoluem independentemente e se diversificam cada vez mais, até que as diferenças nos órgãos reprodutores, ou nos instintos sexuais, ou no número de cromossomos, sejam grandes a ponto de tornar o cruzamento entre elas impossível ou, quando possível, produtor de prole estéril. Com isso, as duas raças transformam-se em espécies distintas, isto é, populações incapazes de trocar genes. Daí por diante, mesmo que as barreiras venham a desaparecer e as espécies passem a compartilhar o mesmo território, não haverá entre elas cruzamentos viáveis. As duas espécies formarão, para sempre, unidades biológicas estanques, de destinos evolutivos diferentes.

Se, entretanto, o isolamento geográfico entre duas raças é precário e desaparece depois de algum tempo, o cruzamento entre elas tende a obliterar a diferenciação racial e elas se fundem numa mesma espécie, monotípica, porém muito variável. É o que está acontecendo com a espécie humana, cujas raças se diferenciaram enquanto as barreiras naturais eram muito difíceis de vencer e quase chegaram ao ponto de formar espécies distintas; mas os meios de transporte, introduzidos pela civilização, aperfeiçoaram-se antes que se estabelecessem mecanismos de isolamento reprodutivo que tornassem o processo irreversível. Os cruzamentos inter-raciais tornaram-se freqüentes e a humanidade está-se amalgamando numa espécie cada vez mais homogênea, mas com grandes variações.

Populações que se intercruzam amplamente apresentam pequenas diferenças genéticas, mas as populações isoladas por longo tempo desenvolvem diferenças consideráveis. Em teoria, raças são populações de uma mesma espécie que diferem quanto à freqüência de genes, mesmo que essas diferenças sejam pequenas. A divisão da humanidade em determinado número de raças é arbitrária; o importante é reconhecer que a espécie humana, como as demais, está dividida em alguns grupos raciais maiores que, por sua vez, se subdividem em raças menos distintas, e a subdivisão continua até se chegar a populações que quase não apresentam diferenças.

As subespécies representam o último estádio evolutivo na diferenciação das raças, antes do estabelecimento dos mecanismos de isolamento reprodutivo. São, portanto, distinguíveis por apresentarem certas características em freqüência bem diferentes. Não se cruzam, por estarem separadas, mas são capazes de produzir híbridos férteis, se colocadas juntas.

Por esse critério, que é o aceito pela biologia moderna, os nativos da África e da selva amazônica, por exemplo, são raças que atingiram plenamente o nível de subespécies. O mesmo pode-se dizer dos italianos e os esquimós etc., mas não há grupos humanos que se tenham diferenciado em espécies distintas, pois espécies são grupos biológicos que não se intercruzam habitualmente na natureza, mesmo quando os indivíduos habitam o mesmo território.

TEORIA DA EVOLUÇÃO (cont.)


A semelhança entre os embriões (de morcego, rato e cavalo, respectivamente) é um indício do parentesco entre as espécies.
A semelhança entre os embriões (de morcego, rato e cavalo, respectivamente) é um indício do parentesco entre as espécies.
Quando falamos em evolução biológica, geralmente o primeiro nome que nos vem à mente é o de Charles Darwin. Entretanto, não podemos atribuir todos os méritos a ele, já que Alfred Wallace também havia percebido muitos dos aspectos que Darwin apontou em suas observações que guardou, basicamente em segredo, por mais de vinte anos. Apenas quando Wallace enviou a Darwin seus manuscritos – devemos nos lembrar que este voltou da expedição bastante reconhecido como cientista - é que ele foi impulsionado a publicar suas ideias. Seguindo o conselho de amigos, a teoria foi revelada com a autoria dos dois, em 1858.

O diferencial de Darwin era o conjunto de evidências e argumentos a favor da evolução que possuía. Este fato, somado à sua posição de destaque no meio científico e à publicação do livro “A origem das espécies por meio da seleção natural, ou a preservação das raças favorecidas na luta pela vida”, é o que faz com que, na maioria das vezes, apenas ele seja lembrado.

Naquela época, os mecanismos de hereditariedade e mutação não eram conhecidos e, dessa forma, temos a teoria sintética da evolução (ou neodarwinismo) como uma versão aprimorada desses princípios desenvolvidos por Darwin e Wallace.

Agora que já sabemos quem são os autores, vamos conhecer os aspectos desta teoria:

- Em qualquer grupo de espécies, todos os indivíduos possuem ancestrais em comum, em algum momento da história evolutiva. Assim, são descendentes destes, com modificações: resultado da seleção natural.

- Indivíduos da mesma espécie, mesmo que parentes próximos, possuem variações entre si: resultado de mutações e/ou reprodução sexuada. Algumas dessas são hereditárias, ou seja, podem ser transmitidas para a geração seguinte.

- A limitação na disponibilidade de recursos faz com que indivíduos de uma população lutem, diretamente ou indiretamente, por esses e pela sua sobrevivência. Dessas variações, algumas podem ser vantajosas nesse sentido, permitindo que alguns, nesse cenário, se destaquem e outros não. Esses últimos podem não sobreviver e tampouco podem se reproduzir.

- Aqueles que sobrevivem (os mais aptos), podem transmitir à prole tal característica que permitiu sua vitória, caso seja hereditária.

- Esse processo, denominado seleção natural, resulta na adaptação de determinados indivíduos ao ambiente, frente a outros não adaptados, e também no surgimento de novas espécies.

A seleção natural é bastante parecida com a artificial, só que essa última é o resultado de ações humanas (diretas ou indiretas) sobre determinado organismo. A penicilina, por exemplo, foi bastante usada há algumas décadas como principal agente de combate a bactérias e, atualmente, não é eficaz no tratamento de algumas doenças: consequência da seleção das bactérias resistentes, em razão do uso indiscriminado dessa substância.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

TEORIA DA EVOLUÇÃO


De onde viemos?  A pergunta que não quer calar.

Desde os tempos mais remotos indagamos sobre a origem dos seres vivos, incluindo nós mesmos, e durante todo esse tempo sempre tivemos nossas "respostas" na forma de fantasias, estórias fantásticas e recheadas de alegorias que foram transmitidas de geração após geração. 

Por mais de 99% de seus quase 250 mil anos na Terra, o Ser Humano foi dominado pelo pensamento mitológico e suas lendas. Depois, há cerca de 2500 anos atrás surgiu a Filosofia, e a Razão tentou buscar essa resposta abrindo caminho para algo além dos mitos e crenças. 

Mas essa Era de lucidez racional seria por 1000 anos obscurecida pelas sombras da Idade Média e seus dogmas de fé baseados na antiga mitologia judáico-cristã. No Oriente Médio, boa parte desta cultura racional sobreviveu disputando lugar com a crença na similar mitologia islâmica, e no Extremo Oriente, também desde há 25 séculos atrás, outro tipo de filosofia, mais mística, se espalhava, baseada no Hinduísmo, Taoísmo e Budismo. 

E só há pouco mais de 250 anos, outra área do potencial humano amadureceu e se consolidou, a Ciência.

A Ciência é a fusão da Razão com a Experimentação. Do Pensamento com o Empirismo, e é tão eficiente que seus resultados práticos e materiais em menos de meio século foram muito mais marcantes do que as dezenas de milhares de anos de misticismo e magia. 

Ela pode não ter as respostas para nossas indagações interiores, e com certeza não tem a chave da felicidade, mas ninguém pode negar que ela é muito eficaz em entender, explicar e controlar a natureza. 

A Ciência também nos deu sua resposta para a grande pergunta sobre a origem da vida, e esta veio sob a forma da TEORIA DA EVOLUÇÃO. 

Não é de se admirar que essa explicação só tenha surgido há tão pouco tempo. Primeiro por que não se muda rapidamente centenas de milhares de anos de pensamento mitológico só com 2500 de Filosofia ou 250 de Ciência, e depois porque essa questão realmente não é fácil de ser respondida. 

É uma pergunta sobre algo que há muito aconteceu e que ninguém presenciou, sobre eventos e processos que se deram muito antes de qualquer tentativa de resposta mesmo mitológica. Algo que acontece na verdade há muitos milhões de anos. 

Com nosso quadro histórico, podemos considerar normal que por volta de 1600 dC, após o surgimento da imprensa, a Ciência tenha tido dificuldades para se estabelecer enfrentando toda uma estrutura de repressão religiosa que até ainda hoje não foi totalmente vencida. 

Foi nesse quadro de resistência, que um processo de elaboração de pensamento foi tomando corpo, o EVOLUCIONISMO, que tinha uma resposta diferente daquela referência que dominou toda a Idade Média, a Bíblia. 

A idéia de que a Terra era o centro físico do Universo já fora derrubada, mas o impacto sobre a religião não fora tão grande pois a doutrina cristã não se apoia no Geocentrismo, ainda que ele esteja presente na Bíblia. 
Mas enfrentar o Mito da Criação? Algo do qual depende boa parte de toda a Teologia Cristã e suas diretrizes de comportamento? Foi algo muito mais complicado. 

Não obstante o trabalho árduo de vários pesquisadores, cientistas e filósofos levou a uma mudança de pensamento, e o hoje a TEORIA DA EVOLUçÃO é mais do que estabelecida como a mais precisa explicação para a origem da vida. 

Mas afinal, o que é a Teoria da Evolução e o Evolucionismo? 

Isso é um assunto para o próximo post.

GENÉTICA NA ESCOLA (REVISTA)

Se você gosta de Genética não deixe de dar uma olhada nesse site:
http://www.geneticanaescola.com.br/menuRevista.html